Dois irmãos, a Sara e o José, iam a caminho de casa quando viram numa rua de fraca luminosidade um casarão abandonado. Eles eram muito destemidos, por isso não resistiram e entraram no casarão.
Descobriram então uma cena assustadora: no chão estavam várias fotografias e ao lado um machado ensanguentado. Fugiram, entrando num quarto, e fugiram logo outra vez porque dentro do quarto havia muitos caixões. Claro que estavam vazios, mas eles assustaram-se a sério, e correram tanto que se perderam dentro da enorme casa.
Enquanto se viravam à procura de uma saída, para seu horror deram de caras com um fantasma. Voltaram a fugir, correndo sem destino, e entraram na cozinha, onde um esqueleto vestido de cozinheiro se entretinha a cortar um pedaço de queijo para uma sandes, que até tinha um ar delicioso!
Voltaram a sair a correr em direção à primeira porta que encontraram e, quando a abriram, viram um tipo que os ameaçava com uma motosserra. Deram meia volta e voltaram a fugir.
Entraram então noutro quarto, desta vez aparentemente vazio, onde aproveitaram para recuperar o fôlego:
- Já viste a nossa sorte? – perguntou Sara. - Finalmente um quarto vazio depois de tantas divisões assombradas!
José nem teve tempo de responder porque sentiu cair em cima de si uma gota de sangue, e quando procurou a sua origem viu que o quarto vazio era afinal o quarto de um vampiro. Sara e José fugiram novamente e andaram pelos corredores que eram agora de terra batida, escuros e assustadores, cheios de teias de aranha.
Ouviram corujas a piar e portas a ranger e depois viram uma linha de carris. José só teve tempo de gritar: "Salta, Sara!" quando viu um vagão vir na direção deles.
Saltaram para o lado e entraram numa divisão que já tinha sido uma casa de banho, agora já não era porque estava tudo partido: a sanita aos bocados, do lavatório só sobravam os canos que descaiam e reviravam-se como se lá de dentro alguém quisesse sair. A banheira parecia um lago lamacento e no varão da cortina um monte morcegos tenebrosos descansava de cabeça para baixo.
- Xuuu- disse José à irmã – não faças barulho, vamos sair daqui!
Viraram-se e não foram mais longe, ficando ali especados a olhar para uma figura gorda muito mal vestida, com uma barba até ao umbigo, um chapéu esquisito e sapatos que lembravam os de um palhaço.
- A casa assombrada ainda não está aberta ao público!- gritou o homem barbudo, contando-lhes em seguida que iria ser montada ali na zona uma feira popular, e aquela casa seria a atração da Casa Assombrada, sendo que tudo o que lá estava era a fingir e feito para assustar os futuros visitantes. Os morcegos, os esqueletos, todos os restantes objetos, até o vampiro era falso e era na verdade o seu amigo Eric Lagosta disfarçado.
- Por favor, não me digam que acharam que era tudo real! - disse o senhor, espantado.
Os irmãos tiveram um bocadinho de vergonha de admitir que na verdade tinham acreditado que tudo aquilo era real e que tinham ficado muito assustados, por isso apenas pediram desculpa pela invasão, fizeram um elogio ao local, desejaram boa sorte e saíram.
Naquele dia tinham vivido uma grande aventura e mal podiam esperar pela próxima.
Gabriel Almeida, 5ºA
Parabéns, Gabriel! O teu texto está muito bem escrito e com uma imaginação prodigiosa! ADOREI!
Parabéns, também, à professora que tão bem sabe desenvolver nos alunos a arte de escrever.