Entrámos na máquina do tempo, eu, o presidente, os meus peixes e o
Igor. Depois de uma viagem atribulada, saímos em 1709 na Universidade de
Coimbra, onde vi uma porta majestosa. Curiosos, fomos todos até à porta.
Abri-a e deparei-me com a Biblioteca Joanina, onde estavam várias coisas
interessantes. Uma delas é um dos tetos com quatro pessoas desenhadas que
representavam os quatro continentes onde Portugal tinha território: América,
Ásia, África e Europa. Vi também imensos livros, que pareciam ser uns trinta e
cinco mil!
Saindo da Biblioteca Joanina, fomos no carro que estava na máquina do
tempo até Lisboa. Foi um pouco estranho, já que estavam todos a olhar para
nós…
Chegando a Lisboa, vi as roupas da época. As mulheres tinham vestidos
que abaixo da anca pareciam um balão e os homens usavam todos calções.
Ouvimos também música, apreciámos a dança e parecia haver um banquete.
Mas parámos de nos distrair e concentrámo-nos em cumprir o objetivo:
impedir o desastre da passarola de Bartolomeu de Gusmão. Como chegámos
três dias antes do teste da passarola, deu tempo de conversar com
Bartolomeu de Gusmão. Dissemos que éramos do futuro e que sabíamos o que
ia acontecer, explicámos tudinho! Contudo, tínhamos um problema para
evitar o acontecimento: tinha de ser o rei D. João V a mudar a data do teste
de voo da passarola de Bartolomeu de Gusmão e seria difícil conseguir entrar
no castelo. Mas tínhamos um plano: iríamos pôr um som de cavaleiros na
direita do castelo enquanto estávamos na esquerda para distrair os guardas.
Foi o que fizemos e conseguimos enganá-los. Entrámos no castelo muito
devagar, com armas para nos defendermos caso viessem guardas. Avançámos
pelo castelo, fomos distraindo os guardas até chegarmos a D. João V. Falámos
com ele, explicámos que a passarola ia ser um fracasso e que tínhamos de a
melhorar. Para isso, precisávamos de mais do que três dias. O rei, vendo que
eu era do futuro, fez uma proposta: eu dou-vos dinheiro se a melhorarem,
ainda mais do que estavam a pensar. Fizemos o acordo.
O rei atrasou a data do voo e começámos a trabalhar na passarola. Os
dias foram passando, víamos o rei a fazer banquetes estranhos, com copos de
cristal, talheres e loiça de prata e prata de ouro, muita comida e flores. Achei
tudo muito chique!
Continuámos a melhorar e melhorar a passarola até que terminámos.
Conseguimos pô-la funcional e ela voou e Bartolomeu de Gusmão não foi
humilhado. Nenhum prédio ficou incendiado.
Voltámos para o futuro com o objetivo cumprido e com uma história
fantástica para vos contar!
João Duarte, 6.ºA
Ilustração de Lia Morais, 6.ºB
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