O universo paralelo
- paulacarvalho28
- 6 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de jun. de 2020

Em biquinhos dos pés ela foi até lá e espreitou pela fechadura , mas não via nada, até que apareceu um ratinho de gravata bem arrumadinha, sapatinhos elegantes, um chapeuzinho todo janota e uma malinha.
A menina, ao ver tal coisa, ficou confusa mas também curiosa. Então abriu a porta devagar a disse:
- Ora viva senhor rato! - disse-lhe a menina, pensando que sonhara.
O ratinho imediatamente fugiu e a menina disse-lhe:
- Ei, espera! Não te faço mal! Espera, senhor rato!
Então ela rastejou pelo que parecia ser um túnel, mas cada vez o túnel ficou mais pequeno e mais apertado, até que ela avistou uma luz lá no fundo. Ela rastejou e rastejou até que chegou ao fim do túnel e, quando abriu os seus olhos, viu uma linda e verde floresta, com lindas flores de várias cores que lhe davam vida.
Ela tentou achar o ratinho que lhe desapareceu da vista, ouviu um pequeno barulhinho e seguiu com esperança de ser o senhor rato. Caminhou. E à medida que se aproximava o barulhinho que ela ouvira tornava-se numa voz fina e quando finalmente chegou, espreitou por detrás da árvore e viu o senhor rato a falar com o seu chefe:
- Eu sei, chefe, desculpai-me, eu já estou a caminho. – disse o ratinho cheio de pressa. Então, quando ele desligou o telemóvel, a menina perguntou-lhe:
- Queres boleia? Se quiseres posso levar-te lá. - disse Olga ainda confusa.
O ratinho, muito confuso, olhou para a menina e a menina disse-lhe:
- Não tenhas medo de mim, meu amigo, eu não te faço mal! - disse enquanto esticava a mão e fazia um grande sorriso.
Então o ratinho, ainda desconfiado, subiu para a mão dela, ela pegou nele muito devagar e pô-lo no seu ombro e perguntou-lhe:
- Onde fica o teu trabalho, senhor rato?
- É sempre em frente, numa grande casinha de queijo - respondeu-lhe o ratinho apressado.
- E qual o é o teu nome, ratinho? O meu é Olga.
- O meu é kiwi! - disse-lhe o ratinho.
Quando finalmente chegaram à casinha de queijo, o rato desceu e agradeceu-lhe. Deu-lhe um pequeno botãozinho com um coraçãozinho e despediu-se da menina.
Quando de repente ela abriu os olhos outra vez, era de dia e estava em casa. Olhou para debaixo da sua almofada e viu o botãozinho com o coraçãozinho que o ratinho lhe deixara, então desceu as escadas e quando chegou à cozinha não havia lá nenhuma porta.
De repente, ela viu uma pequena carta em cima da mesa, do senhor rato, a dizer-lhe: “Obrigada Olga, sem ti eu teria perdido o meu emprego.” No final da carta havia uma linda joaninha que lhe voou para o nariz. A menina olhou para a joaninha, fez um grande sorriso e disse:
- Espero que estejas bem, meu amigo, e que nos possamos encontrar um dia destes!
Cíntia, 5.ºC
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