No dia 13 de março de 2020, eu fiquei a saber que devido à chegada da pandemia do Covid-19 a Portugal, as aulas escolares iam deixar de ser presenciais e começavam a ser à distância, a partir de 16 de março até tempo indeterminado.
Foi assim que começou esta aventura. Os professores e nós alunos tivemos que nos adaptar e começar a utilizar os meios eletrónicos para comunicar. Eu não gostei muito deste método, porque tive que estar afastada dos professores e dos meus colegas, mas consegui adaptar-me e ir concluindo as tarefas que me eram propostas com êxito. A forma de ensinar dos professores à distância também ajudou bastante, porque eles tentaram ser criativos e estavam sempre lá para nos ajudar em qualquer dúvida.
Este vírus veio mudar todo o mundo, pois ele é altamente contagioso e ataca gravemente os pulmões e outros órgãos, podendo levar à morte, por isso todo o país ficou confinado em casa e praticamente parou.
Na minha casa tudo se alterou, pois os meus pais, como trabalham no hipermercado Continente, tiveram de continuar a trabalhar e criaram como rotina, ao chegarem a casa, despirem-se à porta da rua (mas já dentro de casa), desinfetarem-se com álcool gel e irem diretamente para a casa de banho tomar banho e só depois é que podem chegar ao pé de mim e da minha irmã. Eles, coitados, já estão cansados disto tudo! (Eles não dizem, mas eu consigo perceber).
Esta pandemia vai marcar para sempre a minha vida, não só por ter de ficar em casa sem sair (aspeto negativo), mas também por algo de bom que me aconteceu, que foi o nascimento da minha prima Gabriela, a 26 de março, e o meu aniversário a 10 de abril.
Vou passar a explicar como foi o meu aniversário: eu acordei muito feliz, pois fazia 11 anos e inesperadamente tocaram à porta e era a polícia. Como podem calcular eu fiquei muito preocupada e aflita com o que se passava e eles subiram as escadas até à porta da minha casa e começaram a cantar-me os parabéns, eu fiquei muito surpreendida e feliz! O resto do dia foi passando, quando à tarde eu comecei a ouvir um grande aparato de bombeiros e ambulâncias na minha rua e fui à janela. Para meu espanto, todos começaram a cantar-me os parabéns, inclusive os meus vizinhos que vieram também à janela. Adorei e emocionei-me, vai ser uma lembrança que marcará para sempre a minha vida (os vizinhos, a polícia, os bombeiros e as ambulâncias a cantarem-me os parabéns).
Assim, num momento mau da vida, sempre podem acontecer coisas boas.
Andreia Braga, 5.ºB
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